Violência Obstétrica: Fique Muito Atenta aos Sinais
A violência obstétrica compõe todo o tipo de abuso sofrido por mulheres quando estas buscam por serviços de saúde durante a gravidez, no momento do parto ou pós-parto, sendo importante reconhecer os sinais e saber como proceder.
Há diferentes tipos de violência que se enquadram neste segmento específico, onde as mulheres vítimas podem e devem denunciar em órgãos competentes o abuso, sendo uma forma de evitar que o problema se repita.
Com base nesse post você poderá entender melhor este assunto, além de saber detalhadamente como proceder em caso de denúncias, então não perca tempo e continue conferindo o nosso conteúdo.
O que é a violência obstétrica
A violência obstétrica no Brasil é caracterizada por todos os tipos de abusos sofridos por mulheres quando estas buscam por atendimentos relacionados a serviço de saúde antes, durante e após o parto.
Os maus tratos podem ocorrer através de violência física ou psicológica, que acabam gerando vários traumas nas mulheres. Trata-se de algo preocupante, que merece atenção especial de toda a sociedade.
É importante destacar que o termo não se refere apenas ao trabalho desempenhado por profissionais de saúde, mas também a toda e qualquer falha estrutural de hospitais e clínicas, sejam elas públicas ou particulares.
Tipos de violência
A violência obstétrica abrange um quadro amplo de violência, sendo que para compreender melhor o assunto, é importante saber que ela possui subdivisões. Veja abaixo detalhes relacionados a violência obstétrica tipos:

Negação
Quando um local nega tratamento durante o parto, profere humilhações verbais, realiza práticas invasivas, desconsidera as dores e necessidades da mulher, faz uso desnecessário de medicamentos, intervenções coagidas ou forçadas entram nesta classificação.
Aqui também podemos considerar situações onde o local mantém a mulher detida nas instalações por falta de pagamento, de modo que pode haver ainda a desumanização e o tratamento rude da paciente.
Disciminação
A violência pode ser caracterizada por discriminação relacionada a origem étnica ou econômica da mulher, raça, idade, não-conformidade de gênero, status HIV positivo, dentre vários outros.
Esse tipo de situação causa um grande constrangimento à mulher, de modo que há associação com traumas psicológicos que podem ser instituídos de forma intensa, onde algumas precisem passar por atendimento psicológico.
Violência de gênero
Esse tipo de violência é direcionada exclusivamente às mulheres pelo simples fato das mesmas poderem passar pela experiência da gravidez e perto, onde algumas atitudes podem estar diretamente ligadas a estereótipos voltados ao feminino.
Certos profissionais da saúde podem acabar se sentindo na posição de ultrapassar a normalidade aceitável das formas como uma gestante deve se comportar, o que deve ser considerado inaceitável.
Negligência
Esse tipo de violência obstétrica abrange a impossibilidade do local de prover bebê e mãe com o atendimento necessário para garantir a saúde de ambos, o que pode gerar danos intensos.
Existem muitos relatos de mulheres que passaram por este tipo de situação, sendo que a criação de leis específicas seria fundamental para coagir esse tipo de atitude por parte de profissionais e locais voltados à saúde.
Formas de evitar ser vítima de violência obstétrica
Uma das melhores formas de se prevenir a violência obstétrica é a informação, ou seja, conheça mais a fundo o seu obstetra ao buscar dicas de outras mulheres que também foram acompanhadas pelo profissional.
É fundamental que você esteja em sintonia com o obstetra escolhido e caso não se sinta confiante, não tenha medo de mudar de profissional, já que existem muitos médicos na área que prezam amplamente pela saúde e bem estar das pacientes.
Outra dica importante aqui é realizar um plano de parto, já que nele a mulher deve expor tudo o que deseja ter ou não durante o momento de nascimento do bebê, e todas as exigências devem ser respeitadas pelos profissionais presentes.
Como denunciar uma violência obstétrica
Se você foi vítima de violência obstétrica, será possível realizar uma denúncia formal diretamente nas secretarias Estadual, Municipal ou Distrital, embora hoje ainda não existam leis específicas para esse tipo de situação.
Também é possível fazer uma denúncia diretamente para o Conselho Regional de Medicina, quando for um profissional médico, ou para o Conselho Regional de Enfermagem quando a abordagem violenta vier de um técnico de enfermagem ou enfermeiro.
Outra opção disponível para fazer denúncias é o número 180 ou o 136, que se refere ao Disque Saúde. Vale mencionar aqui que a denúncia é o primeiro passo para reduzir o número de vítimas deste tipo de violência.